sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

RRRá! Vaidade meu pecado predileto!

O Al Pacino é o cara.
Não importa o enredo. Jogou na mão dele, vira ícone. Pode não ganhar Oscar, mas que será sempre lembrado, isso será.
Tudo quanto é filme que participa ele consegue imprimir alguma frase, bordão, trejeito, olhar, etc que ficará no nosso imaginário para sempre. O tango em Perfume de Mulher, os desvairios de Serpico, o nervosismo de Scarface, e tantas outras marcas registradas suas.

De todas elas, uma que eu simpelsmente adoro, é o take final de Advogado do Diabo.
Durante todo o filme, o Diabo (ele, o Al Pacino) tenta dar o bote e ficar com a alma do Keanu Reeves. Quando este se suicida, o cramulhão entende finalmente o que motivava o advogado Keanu o tempo todo. Ao estalar os dedos, ele volta no tempo e pega o jovem advogado pela sua maior fraqueza.
Neste momento ele solta o famigerado:
- RRRá! Vaidade, meu pecado predileto!

Sendo a vaidade o pecado dos pecados, ou melhor dizendo, o pecado original, tudo é um desdobramento dela.
Os grandes líderes. Só tiveram forças para se tornarem grandes líderes poque haviam pessoas para admirá-los e dar mais força ainda para alcançarem seus objetivos. Stalin, Mao-tse-tung, Gandhi, Hitler, Alexandre o Grande, Gengis Khan, etc
Os grandes artistas. Só se superaram por causa dos seus fãs e admiradores. Da Vinci, Mozart, Michelangelo, Beethoven, etc
Os bilhonários. Só acumularam fortuna para agradar uma mulher e, só agradam uma mulher por conta de sua própria vaidade que é satisfeita ao se tornarem o macho alfa do bando.
E a lista continua.
Se procurarmos bem lá no fundo, veremos que todos os nossos pecados têm como fonte primeva a dita cuja vaidade.

Os problemas começam a aparecer quando não temos ciência disto.
Pior ainda, quando temos ciência e deliberadamente enaltecemos o nosso ego cultuando a nossa vaidade. Neste (pior) caso, acabamos por nos tornar, na melhor das hipóteses, uma bela legião de déspotas.

Vivemos imersos no campo energético de tudo e de todos os seres que nos rodeiam.

Invariavelmente influenciamos estes campos de energia pela nossa simples presença na face da Terra.
Cabe a nós e a mais ninguém, decidir nosso destino neste imenso campo de energias.

Quando sabemos que temos defeitos e trabalhamos sobre eles, surge uma espiral energética ascendente que acaba amenizando estas interações negativas criadas pela nossa personalidade egóica (vaidade pela vaidade) aparecendo uma resultante positiva, que em sânscrito, a língua sagrada do hinduísmo, traduz-se por Dharma. 
De maneira oposta, quando não trabalhamos, ou pior, enaltecemos estes aspectos da nossa personalidade (vaidade pela vaidade) é gerada uma espiral energética descendente que deve se dissipar de alguma forma, essa é a lei (da Entropia), e acabamos arrastando os que estão à nossa volta e não possuem reservas energéticas suficientes para suplantar este fluxo descendente. Física de vetores. Força A maior que B, resultante na direção de A. Força A menor que força B, resultante na direção de B. Ponto. É o que os hindus chamam Karma.

Anúbis opera a balança. Se o coração é posto num dos pratos e suas "boas obras" colocadas no outro, o fiel têm que pender para o lado das boas ações, caso contrário não hão alternativas senão pagar este débito.

Nenhum de nós e perfeito.
Fato.
Caso o fôssemos, não estaríamos por aqui penando neste corpo físico durante Eons sem fim.

O que nos cabe é observar, aprender e melhorar.
Qualquer coisa que fizermos, diferente disto, a Natureza tomará suas precauções pois estaremos nadando contra a sua corrente e isto não interessa em absoluto aos Seus propósitos.

Seja dentro de uma caverna nos Himalaias, num mosteiro Zen, numa academia de arte-marcial ou no corre-corre do nosso dia, temos que prestar atenção.
Só com a a-tensão, lograremos os resultados básicos para o início da verdadeira jornada rumo ao nosso interior.
Lá a Flor de Lótus, estará aberta à nossa espera, pronta a nos acolher em suas pétalas para toda a eternidade.

Obrigado à todos, sem exceção, pela excelente aula sobre a vida que nos foi dada ontem.

Namastê!

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